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Autoridades chinesas com visão distorcida do mercado bolsista

Só mesmo na China, é o que dá vontade de dizer. O Partido Comunista e o Banco da China têm incentivado a classe média a investir na bolsa. A recente correcção de 30% gerou ondas de contestação do governo chinês, a suspeitar de manipulação na bolsa. Algum fantasma terá irritado o dragão?

Várias medidas foram tomadas para tentar acalmar as quedas. O Banco da China injectou milhões na aquisição de títulos e algumas cotadas foram suspensas. O feitiço parece estar a voltar-se contra o feiticeiro. A ideia fomentada pelo Partido Comunista está a gerar indignação.

Ou seja se as quedas continuarem os chineses vão revoltar-se contra o próprio governo que perderá credibilidade. A liberalização dos mercados bolsistas na China mostra que os pequenos investidores desconhecem ainda o funcionamento das bolsas.

Será que o governo chinês pensa que a bolsa só tem um único sentido? Será que o governo chinês desconhece os momentos de alívio das bolsas? O governo chinês lançou reformas que passam por confiar nas potencialidades do funcionamento de mercado, na sua capacidade para tomar melhores decisões sobre onde colocar o dinheiro.

No entanto confiar cegamente nas bolsas e nos mercados é errado. A volatilidade existe sempre nas bolsas. As autoridades chinesas facilitaram a obtenção de crédito para a compra de acções e forçaram as maiores instituições financeiras chinesas a unirem-se para segurar o mercado até que ele volte aos 4500 pontos.

Mas porque caiu a bolsa chinesa? Existe a explicação técnica que mostra que os indicadores atingiram a sobrecompra em todos os tempos. As autoridades chinesas não conseguem compreender esta parte técnica e procuram todas as justificações possíveis.

Um investidor que tenha entrado na bolsa chinesa em 2013 ou 2014 pode ter decidido fazer mais valias ao ver os indicadores a começarem a atingir a saturação. E foi o que fizeram muitos investidores.

Isto mostra uma certa imaturidade do chineses e dos seus governantes em lidar com a volatilidade dos mercados accionistas, fazendo lembrar a grande depressão que aconteceu nos EUA onde muitos investidores colocaram (erradamente) todo as poupanças em ações e de um dia para o outro sucedeu o crash da bolsa.

Déjá-vu da grande depressão americana?

A bolha já rebentou uma vez nos EUA e será que a história se repete na China? Muitos investidores tornaram-se milionários com a recente subida da bolsa chinesa. Depois de o mercado imobiliário ter deixado de crescer de forma exuberante, a bolsa tornou-se uma atracção para os chineses.

O próprio Partido Comunista fez previsões bastante optimistas sobre a evolução dos mercados bolsitas na China e fomentou o investimento neste produto de risco. Algo que se pode virar agora contra como um boomerang. Se o crash acontecer é previsível uma onda de contestação social contra o partido em que sempre confiaram, que deu maus conselhos de investimento.

O governo chinês vai fazer tudo para não deixar cair a bolsa chinesa para não perder popularidade, mas o crash está ao virar da esquina. Um governo a segurar uma bolsa? Uma situação nunca vista, por exemplo, em Portugal. Se o partido comunista português souber desta história...

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