China e Alemanha, duas faces da mesma moeda

As importações chinesas registaram uma queda abrupta no último mês. Também, por outro lado, as exportações alemãs tiveram a maior descida desde 2009. Ora o mercado chinês tornou-se vital para o crescimento do "motor" da economia da Zona Euro. As vendas na China serviram, até aqui, para compensar a estagnação do mercado europeu. Quando o "dragão" abranda isso reflecte-se logo no crescimento alemão.

Para além disso o caso "dieselgate", que recentemente ensombrou o grupo fabricante de automóveis Volkswagen, veio trazer uma nuvem de incerteza quanto ao futuro da Alemanha. As vendas automóveis são bastante importantes para o PIB e a economia germânica. Muitos postos de trabalho dependem exclusivamente da indústria automóvel.

O escândalo dos testes de emissões nos veículos a diesel veio na pior altura e pode ser uma enorme pedra no calcanhar de aquiles de Merkel. Tem o potencial para "engripar" o crescimento (anémico) da Zona Euro, que teima em não reagir às bazucas do BCE de Draghi. Por outro lado ainda não se sabe que reflexos terá na fábrica portuguesa da Volkswagen, que contribui bastante para o PIB nacional.