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Os números fora da estatística da taxa de desemprego desde o período troika

No 2ºT de 2015 havia 4.580.800 pessoas empregadas, ou seja menos 218.600 pessoas do que no mesmo período em 2011. Isto dá uma média de destruição de 55.000 empregos por ano. Mas o paradoxo é que a taxa de desemprego baixou para um valor anterior ao período troika. Como explicar isto?

A verdade é que a taxa de desemprego recorre a uma base de dados bastante redutora que mascara a realidade do país e que serve de propaganda tanto para o partido no poder como para os defensores da austeridade que procuram arranjar todos os argumentos para justificar a sua ideologia.

Os números da taxa de desemprego escondem ou ignoram dados relevantes. Para se ter uma taxa de desemprego real teria de se fazer algo parecido como os Censos, no qual todas as pessoas são obrigadas a responder se estão ou não empregadas e em idade activa ou inactiva. Que factores são ignorados pela taxa de desemprego?

Saíram para o estrangeiro 257.000 indivíduos que, se permanecessem em Portugal, seriam considerados desempregados. A emigração aumentou bastante como já não acontecia desde os tempos das vagas de emigração para França durante o Estado Novo. Mas nessa altura os emigrantes tinham pouca instrução. Os emigrantes do período troika incluem uma franja considerável de licenciados. Se todos os desempregados saíssem do país a taxa de desemprego descia para zero...

O sub-emprego, ou seja os estagiários, os indivíduos que frequentam cursos de formação ou que têm empregos a tempo parcial e incerto constituem ocupações temporárias sem remuneração ou com remuneração incerta e precária. Estes são considerados empregados para as estatísticas quando na realidade deveriam constar da lista de desempregados. O sub-emprego cresceu mais 36.000 indivíduos desde o período troika.

A população inactiva, ou seja que desistiu de procurar emprego, também deixou de constar da lista de desempregados. Os chamados desencorajados subiram mais 45.000 indivíduos em quatro anos. E finalmente os trabalhadores com salário mínimo quase duplicou desde o período troika com enfoque em empregos na hotelaria, o que revela queda do poder de compra e empobrecimento efectivo da população portuguesa.

Os números "fora" da estatística, desde o período troika

Empregos destruídos: +218.600
Emigrantes (desempregados que saíram do país): +257.000
Sub-empregados (trabalho precário ou ocupação não remunerada): +36.000
Desencorajados (desistiram de procurar emprego): + 45.000
Trabalhadores com salário mínimo: passou de 11% para 19%

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