ACÇÕES|ÍNDICES| COTADAS |DIVIDENDOS|RESULTADOS|COMMODITIES|FUNDOS|MOEDAS|YELDS|EURIBOR | IMOBILIÁRIO|ARTE
CARROS CLÁSSICOS|DEPÓSITOS|CERTIFICADOS AFORRO|CERTIFICADOS TESOURO|OBRIGAÇÕES TESOURO RENDIMENTO VARIÁVEL|SEGUROS CAPITALIZAÇÃO|CROWDFUNDING & STARTUPS
TEMAS CALENDÁRIO ECONÓMICO ANÁLISE FUNDAMENTAL ANÁLISE TÉCNICA ANALISTAS OPINIÃO FÓRUM ARQUIVO CARTOON FILMES

  |
CAPAS JORNAIS    Diário de Notícias | Jornal i | Expresso | Jornal de Negócios | Público                                          ÚLTIMAS NOTÍCIAS

PUB

SIM ou NÃO, o novo dilema de Bruxelas

O referendo convocado pelo governo Grego para "legitimar" mais medidas de austeridade pode alterar o modo como os credores têm agido com os países resgatados? É possível que sim. O que é certo é que no meio do imbróglio grego há efeitos colaterais que são de importância relevante.

Obama começa a mostrar algum cansaço pela falta de solução neste braço de ferro ideológico e vê a fronteira do leste europeu em risco. A perda de uma base militar na Grécia seria bastante prejudicial para os EUA na gestão do espaço mediterrânico, por isso a NATO tem vindo a marcar presença nas reuniões do Eurogrupo para ver em que estado estão as negociações. Aliás não é por acaso que a Grécia tem mais despesas militares do que a ... Alemanha. Tsipras já ameaçou mesmo reduzir essas despesas em vez de cortar pensões.

Os riscos consequentes da saída da Grécia do Euro (e da União Europeia) não são meramente económicos e financeiros. Acarretam alguns custos geopolíticos com a proximidade de Rússia e Turquia. Obama já falou em "alívio da dívida grega", palavras posteriormente repetidas pelo FMI. A China também já mostra preocupação dado que o mercado europeu é importante para a sua economia e não tem interesse que a Europa se "desmembre". O "Grexit" já começou a ser estudado por Bruxelas e BCE há algum tempo quanto a implicações no espaço europeu. No entanto são "águas desconhecidas" e imprevisíveis como disse Draghi. Se a Grécia sair então abrirá precedentes.

Certo é que os gregos mais fustigados pela austeridade não temem o que poderá advir da saída do euro. Não têm nada a perder. Esses certamente votarão NÃO. Os outros que têm algum capital, receiam um dejavu do "curralito" argentino com a passagem do Euro para o Dracma, por isso a corrida aos bancos acelerou. A frontalidade, a maneira de comunicar e de estar de Tsipras e Varoufakis vieram chocar com a frieza dos tecnocratas de Bruxelas.

Este é um momento simbólico para o futuro das negociações e da democracia na Zona Euro. Não voltará a ser o que era. A tomada de decisões unilaterais por parte da troika terão de ser revistas se o NÃO ganhar. Se o SIM ganhar, poderá haver a queda do executivo grego e a convocação de eleições antecipadas, o que exigiria um governo de emergência. Se o NÃO vencer então o "Grexit" é uma possibilidade, segundo palavras do presidente do Eurogrupo. Qualquer que seja o desfecho da votação o cenário será sempre de incerteza.

O primeiro resgate já leva cinco anos. Foi necessário um segundo e agora existe a possibilidade de um terceiro. Dois governos representativos dos maiores partidos gregos caíram. Seguiu-se um terceiro partido, do Syriza, que corre exactamente o mesmo risco de seguir o mesmo caminho. Se a "fórmula" da austeridade não resultou então porquê continuar? Os gregos têm a palavra.

Sem comentários:

Enviar um comentário

AUTOMÓVEIS


AMBIENTE & ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS