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Prejuízos causados pela resolução do BES vão crescendo

Os "estilhaços" directos e indirectos causados pela resolução do BES vão sendo actualizados à medida que vão surgindo notícias de novos credores a reclamarem junto de tribunais o capital investido no BES e GES. Os prejuízos repartidos entre investidores nacionais e estrangeiros podem atingir os 6 mil milhões de euros ou mais.

Lesados nacionais com investimento em produtos financeiros ou acções do BES:
• Bancos como Novo Banco, BCP, CGD e Montepio
• PME's
• Empresas de grande dimensão como a PT
• Grupos de media
• Fundos de investimento
• Entidades estatais
• Empresários individuais como Domingos Névoa
• Figuras públicas como Pinto da Costa, Ricardo Araújo Pereira ou Carlos Queiroz
• Pequenos investidores


Só em Portugal contam-se bancos, empresas, particulares e figuras públicas mas também entidades estatais que reclamam dinheiro investido no papel comercial do BES via GES. Mas não foi só o papel comercial que gerou perdas. O aumento de capital do BES em 2014 apanhou grandes e pequenos investidores que viram o capital investido diminuir num ápice. Quem investiu nos últimos dias de negociação nas acções do BES ficou sem a possibilidade de as vender uma vez que a CMVM retirou as acções do BES da bolsa. O regresso às negociações na bolsa de Lisboa está pendente da apresentação de contas do BES, algo que ainda não aconteceu e nem se sabe se irá voltar a acontecer. O Citigroup tem vindo a adqurir acções do BES fora do mercado talvez com a expectativa de obter algum lucro em processos judiciais contra o processo de resolução.

Esta semana surgiram notícias de novos lesados que envolvem entidades estatais. O Ministério do Ambiente já entrou na lista. Mas também o Fundo de Apoio à Inovação, entidade criada pelo governo de Sócrates para gerir contrapartidas financeiras de projectos ligados a energias renováveis, foi apanhado na rede. Foi precisamente em 2013, sob a alçada do governo PSD/CDS, que o FAI decidiu investir em papel comercial através de uma recomendação de um gestor de conta do BES. A justiça nacional já mandou arrestar património de membros da família Espírito Santo no valor de 2.000 milhões de euros para prevenir eventuais indemnizações a lesados que o tribunal venha a validar no futuro.

Lesados estrangeiros com investimento em produtos financeiros ou acções do BES:
• Bancos como Nomura, Bradesco, Goldman Sachs e Crédit Agricole
• Fundos de investimento como o Black Rock
• Pequenos investidores


Este caso reveste-se de extrema importância para a imagem externa da justiça nacional uma vez que correm outros processos contra o império Grupo Espírito Santo fora do país como é o caso, por exemplo, da Suíça. Ricardo Salgado pode mesmo vir a ser preso na Suíça onde existem 1.500 clientes lesados, a sua maioria emigrantes, como divulga o jornal i. Se em Portugal o processo corre lentamente, como é apanágio da justiça nacional, estando ainda em fase de investigação sem qualquer acusação formal, já na Suíça o caso vai numa fase mais avançada com as acusações já feitas - delitos, como crimes públicos, lavagem de dinheiro e corrupção - e o desfecho pode estar para breve.

Júlio Castro Caldas, ex-ministro da Defesa, é advogado de um escritório que defende mais de 50 lesados pelo Banque Privée Espírito Santo na Suíça e refere que caso Ricardo Salgado venha a ser considerado culpado, a Suíça pode pedir a sua extradição a fim de cumprir a respetiva pena naquele país. Os processos estão muito mais avançados na Suíça do que em Portugal. Castro Caldas afirma que será uma "vergonha ver, pela primeira vez na minha carreira de advogado português, um processo ser julgado no estrangeiro antes de o ser em Portugal".

Se o desfecho de outros casos no passado, como por exemplo o BPN, tiveram o final que se conhece com o arrastar da situação por anos a fio sem qualquer condenação, desta vez no caso BES / GES a história pode ser diferente.

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