
A medida já tinha sido admitida durante a última reunião mensal sobre a política de juros, mas foi repetida por Draghi no parlamento europeu. O anúncio impulsionou as bolsas europeias. As bolsas dos EUA e do Japão têm vivido um bull market muito à custa do dinheiro que os bancos centrais têm injectado na economia, sendo que os índices americanos continuam a bater sucessivos recordes.
O fim da compra de dívida pela Fed abre a porta à incerteza nos mercados, mas para evitar a volatilidade as taxas de juro americanas irão permanecer baixas. A aplicação de um programa QE semelhante na Zona Euro também poderá ter influência nas bolsas europeias ao impulsionar os índices mas a entrada em recessão da economia japonesa levanta dúvidas quanto ao fundamento para futuras subidas.
É que se as medidas de estímulo não tiverem um efeito prático na economia, ou seja se o desemprego não descer para níveis aceitáveis, se a inflacção e o PIB não subirem, não haverá muita correspondência com um bull market. E então aí os cartuchos do banco central europeu para combater a crise económica começam a esgotar-se.
O programa QE de compra de activos nos EUA tem sido alvo de discussão por parte de vários economistas. Há quem seja a favor e quem seja contra. Foi a maior experiência económica alguma vez realizada e não se sabe quais as consequências num futuro próximo. Os críticos temem que a Fed não consiga gerir o regresso ao mercado da dívida americana que agora detém.
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